domingo, 28 de outubro de 2012

Toro Loco, Stanley Kubrick e uma leve dor de cabeça

Confesso que fiquei muito ansioso nos dois meses de espera pelo "Toro Loco Tempranillo". Queria saber o que fez daquele vinho de 3 Euros, servido como opção acessível em restaurantes espanhóis, ter sido o segundo colocado entre mais de 900 fortes concorrentes em um teste cego. Ao mesmo tempo, fiquei um pouco desconfiado. Se o vinho era tão violento assim, porque a Wine o venderia por apenas 25 Reais? Minha desconfiança se concretizou: o Toro Loco não tem nada muito especial. Não possui um aroma incrível, o gosto do álcool chega a disfarçar o sabor da uva e, minutos depois de secar a garrafa, tive uma leve dor de cabeça. Tudo bem, não sou nenhum grande entendedor de vinhos, nem adotei métodos convencionais para avaliá-lo. Para mim, vinho bom precisa ser saboroso, ter aroma agradável, fazer com que eu tenha vontade de beber até o fim da garrafa e, acima de tudo, não me deixar de ressaca no dia seguinte. Se o vinho é bom para o meu padrão, sinto vontade de tomar novamente. Caso contrário, sempre sobra um pouco na garrafa, como aconteceu com o glorioso "Toro Loco". Quase ao final do filme que víamos pela primeira vez, "Lolita" de Stanley Kubrick, a bebida me bodeou e deixei para ver o finalzinho no outro dia. Filmaço... Quanto às outras garrafas do vinho espanhol, tomarei mais uma para ter uma segunda opinião e darei as restantes para os amigos conhecerem. No mais, muita propaganda e pouco desempenho. Nada que os chilenos de supermercado não façam muito melhor.

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