quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Al Bowlly - o ícone dos anos 30.

Tudo começou no Gold Room


Jack Torrance está pocesso. Entediado por passar dias e noites geladas em um hotel solitário, tudo o que queria era tomar um drink no Gold Room. Ele adentra o imenso salão, senta-se em um dos bancos do Scotch Bar e pede, com todas as forças, para que seu desejo seja atendido. Como que em um passe de mágica, eis que surge à sua frente o garçon, solícito, que imediatamente lhe serve uma dose de Jack Daniel´s e se dispõe a ouvir suas histórias. Depois daquela experiência, Torrance nunca mais seria o mesmo. Logo se veria transportado para uma realidade paralela: o Reveillon de 1921. Bem ao fundo daquele salão repleto de magnatas, um grandioso espetáculo de Ian Bowlly, acompanhado pela orquestra de Ray Nobel. Não faltava mais nada.

Nota: há um erro histórico que preferimos encarar como licença poética. Al Bowlly só fechou contrato com Ray Nobel em 1927.

Viagem no tempo

Conheci Al Bowlly nessa viagem de Stanley Kubrick. Desde que assisti sua versão de "O iluminado", passei a vasculhar todos os cantos do universo, em busca daquele som incrível. Curiosamente, percebi que as pessoas que gostam do cara, como eu, também são absolutamente apaixonadas pela vida. Ao garimpar suas obras, conheci Cole Porter, Carrol Gibbons e Jack Leon. Como o anti-heroi, encarnado por Nicholson, também encontrei minha realidade paralela naquele som e retornei a um momento da humanidade em que a palavra de ordem era a "liberdade". 

Registros de Al Bowlly 


Descobri recentemente uma página da internet que disponibiliza diversos registros de bolachas em 78 rotações, para download. Como Al Bowlly faleceu há mais de 50 anos, sua obra é considerada  "Domínio Público" e pode ser compartilhada.

Veja, abaixo, alguns links para conhecer as obras de Al Bowlly. Boa viagem.

Al Bowlly 1

Al Bowlly 2

Al Bowlly 3

Al Bowlly 4

Para baixar outras obras, acesse o site: http://www.archive.org/

Um comentário:

  1. Carlos, dei uma olhada (escutada) e continuo achando que afrodisíaco é o Cartola... ou índios da Polinésia. kkk! Renata

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