Relicário do novo amigo

Estava eu buscando discos dos anos 30 em lojas e sebos do país inteiro, via internet, quando me deparei com uma reportagem que falava sobre um Sebo Curitibano que havia comprado cerca de 7 mil discos de um colecionador em Brasília. O interessante é que a matéria contava sobre uns tais discos raros de Al Bowlly que o Paulo José da Costa, dono da loja, dizia não se desfazer por nada. Não resisti: resolvi enviar um email à "Figaro" e perguntar se ele não poderia mudar de ideia sobre um ou outro exemplar do meu cantor favorito. Cinco minutos depois, me liga o gentil proprietário e me supreende com a seguinte frase: "Gostaria de saber quem é o brasileiro que gosta de Al Bowlly." Dentro de alguns dias chegavam cinco discos do "Barbeiro de Maputo".

Um mês depois, lá estava eu importunando novamente meu novo amigo. Queria saber se do lugar onde haviam saído aqueles LP´s incríveis existiam novas relíquias. Como meu irmão, morador de Curitiba, tinha acabado de voltar da China e estava prestes a vir matar saudades da família em Minas, pedi a ele que trouxesse alguns discos. 

Nesse momento, pouco antes dele retornar à sua terra natal, recebi um email do Paulo que me deixou muito curioso e contente. Vejam o que dizia sua mensagem:

Prezado Carlos,
O seu irmão é uma simpatia. Ele passou aqui e pegou os discos hoje.
Mandei uma caixa para você curtir, uma caixa que eu tenho em minha coleção e da qual não me desfaço por nada. Achei que você poderia gostar. Como a caixa está um pouco danificada (os discos estão bons), faço-lhe apenas R$ 30 e se você gostar, simplesmente me pague quando puder. Se não gostar, me mande de volta também quando puder. Foi para aproveitar "o portador"...
Com um grande abraço.
Paulo. 

Como não ficar ansioso diante da mensagem enviada a alguém - no caso, eu - que colecionava até maços de cigarros na infância? Quando chegar a "encomenda" eu posto uma fotografia aqui.

Vou mostrar o mapa da mina, mas tentem não comprar muitos discos que eu gosto, ok?
http://www.sebofigaro.com.br/